O kudurista angolano Pai Profeta manifestou sua insatisfação nesta quarta-feira, 29 de Janeiro, em relação à falta de apoio aos artistas do kuduro que enfrentam dificuldades financeiras e problemas de saúde. O artista lamenta que apenas após o falecimento desses profissionais surjam homenagens e discursos que pouco contribuem para quem realmente necessitou de ajuda em vida.
“Infelizmente, essa é uma realidade. Muitos kuduristas enfrentam dificuldades financeiras e de saúde sem qualquer tipo de apoio, mas quando falecem, aparecem homenagens e discursos que, na prática, pouco ajudam quem realmente precisou. Isso expõe a hipocrisia de alguns e a necessidade de criar uma cultura de solidariedade real, onde o apoio seja dado em vida e não apenas como estratégia de marketing ou para ganhar visibilidade”, declarou o artista.
A declaração de Pai Profeta levanta um debate importante sobre o apoio aos artistas em Angola, especialmente dentro do gênero kuduro, que historicamente tem sido marginalizado e pouco valorizado. Muitos desses profissionais dependem de eventos e do reconhecimento público para sobreviver, enfrentando desafios diários para manter suas carreiras e condições de vida dignas.
O desabafo do kudurista reforça a necessidade de mais iniciativas que promovam a inclusão e o suporte a artistas enquanto ainda estão vivos, garantindo que possam continuar a contribuir para a cultura angolana sem sofrer com o abandono e a negligência.