O rapper brasileiro Oruam se viu novamente no centro de uma polêmica, desta vez em Portugal. O músico foi alvo de críticas duras por parte do deputado português André Ventura, após ser preso por desacato a autoridade em uma casa noturna. Ventura, o deputado do partigo Chega! não poupou palavras ao comentar o comportamento do artista, classificando-o como um “imigrante bandido” e destacando seu parentesco com um dos maiores criminosos do Brasil, Marcinho VP.
O incidente ocorreu durante o Rock in Rio Lisboa, quando Oruam foi impedido de realizar uma apresentação em Algarve, em Portugal. Testemunhas relataram que o rapper e sua equipa chegaram ao local causando grande alvoroço, o que teria incomodado os funcionários do estabelecimento. A equipa do artista confirmou o cancelamento do show, mas não entrou em detalhes sobre os motivos.
Em suas redes sociais, Oruam partilhou um vídeo mostrando a acção da polícia e questionou a razão pela qual foi impedido de se apresentar. “Impedido de fazer o show pela polícia”, escreveu ele em seu Instagram, sem fornecer maiores explicações.
A crítica de André Ventura ganhou destaque após o deputado utilizar Oruam como exemplo negativo em uma sessão da Assembleia de Portugal. Ventura declarou que “não haverá política de imigração” enquanto se referia ao rapper como “filho de um dos maiores criminosos do mundo”.
Oruam, que é filho de Marcinho VP, um notório líder do Comando Vermelho, enfrenta a sombra do histórico criminal de seu pai, preso desde 1996 e condenado a mais de 40 anos de prisão por diversos crimes graves, incluindo tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Após este episódio em Portugal, Oruam seguiu viagem para Paris, França, onde deve cumprir sua agenda de shows. O episódio, no entanto, levanta questões sobre a recepção e o tratamento de artistas estrangeiros em terras lusas, além de reacender debates sobre imigração e segurança pública no país.
A polêmica envolvendo Oruam e as declarações de André Ventura sublinham a agitação existente entre comportamento de figuras públicas e a percepção pública de segurança. O rapper, apesar das adversidades, continua sua carreira internacional, enquanto Portugal discute suas políticas de imigração e segurança.