A fadista Maria João Quadros morreu sexta-feira aos 73 anos, deixando amigos e artistas consternados, pois “com ela acaba o fado a sério”, como disse à Lusa o escritor e letrista Tiago Torres da Silva.
Maria João Quadros estava hospitalizada no seguimento de uma doença prolongada. Para Tiago Torres da Silva, que concebeu o disco “Fado Mulato” em que Maria João Quadros interpreta o fado, mas também composições brasileiras, a artista era “a última que levava o fado a sério”.
Segundo Tiago Torres da Silva “O fado acaba com ela, muito lamentavelmente”, disse, ontem, à Lusa, afirmando esperar que o mundo artístico sinta a dimensão desta perda.
Tiago Torres da Silva afirma que Maria João Quadros foi a artista para quem mais escreveu e não lhe poupa epítetos: “A mais generosa, a mais artista, a mais amiga, a mais atenta aos outros, a mais louca, a mais livre”.
Nascida em Moçambique em 1950, Maria João Quadros tem vários discos editados e realizou inúmeros espectáculos, nomeadamente na sua casa de fados em Lisboa, a Casa da Mariquinhas.