O nome do rapper moçambicano Azagaia voltou ao centro do debate público após a descoberta de um trecho em um livro escolar da 8ª classe que o associa à posse de drogas. A obra, recentemente distribuída pelo Ministério da Educação e Cultura (MINED), gerou forte reação de figuras públicas e internautas, que acusam a instituição de distorcer a história do artista e difamar sua memória.
A polêmica se espalhou pelas redes sociais, com personalidades como Rei Bravo, K9 e João da Diamantina expressando indignação. Para eles, além de desrespeitar o legado de Azagaia, a citação pode influenciar negativamente a percepção das novas gerações sobre o rapper, conhecido por seu ativismo político.
O Conselho de Avaliação do Livro Escolar do MINED, criado em 2016 para garantir a qualidade do material didático, agora enfrenta questionamentos sobre seus critérios de revisão. Para muitos críticos, a inclusão do trecho polêmico pode ser vista como uma tentativa de apagar a influência de Azagaia, cujo discurso crítico ao sistema sempre gerou desconforto entre as autoridades.