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Kizomba e fado unem musicos no Festival Caixa Fado 2024

Os estilos musicais kizomba e fado voltam a juntar artistas portugueses e angolanos, na VII edição do Festival “Caixa Fado’24”, durante o espectáculo a ser realizado no dia 4 de Outubro, no Centro de Conferências de Belas, em Luanda.

Sob o lema “Uma mistura de sons, um abraço de Cultura”, o festival terá a abertura das portas às 18h00, e o concerto começa às 21h00 pontualmente. E, para esta edição farão parte do cartaz os músicos Nelo Carvalho, Anna Joyce, Yola Semedo, sendo os dois primeiros estreantes, e a última canta pela terceira vez. De Portugal vão participar Sara Correia, Kátia Guerreiro, António Pinto Bastos e Marcos Rodrigues.
O responsável do Banco Caixa Angola Plácido Pires explicou, em conferência de imprensa, no Hotel Continental, na Baixa de Luanda, que a cultura atravessa oceanos, e uma das vantagens do festival é o facto de que os artistas partilham uma única língua. E, isso ajuda bastante na interacção dos mesmos.

Neste ano, frisou, o processo está a começar a ser divulgado um pouco mais cedo, para permitir que o público que vai aderir aos concertos possa organizar melhor a agenda e participar do encontro. Mais uma vez, realçou, dá-se a abertura do festival, um evento de integração de cultura e uma marca presença no panorama cultural angolano.

Plácido Pires referiu que para este ano tem um cartaz de excelentes artistas, e que em cada ano vão juntar cantores de excelência existentes em Portugal e Angola, de modo a oferecer um cartaz que orgulhe a todos e permite desenvolver este projecto de fusão cultural e de aprendizagem mútua.

“Onde os artistas portugueses possam aprender com os angolanos e vice-versa, isso traduz algo que no dia a dia se verifica. Quando estou em Portugal e ligo o rádio a probabilidade de ouvir um artista angolano é maior, e chega a ser mais alta do que ouvir um fado”, confessou.

O dirigente do Banco Caixa Angola ressaltou que se está a estudar a possibilidade de alargar o Festival “Caixa Fado” para outras províncias do país, de maneira a não ficar centrada só na capital do país.

Por sua vez, a administradora executiva do Banco Caixa Angola, Ana Seabra, disse que desde a primeira edição do festival que se tem sempre o grande cuidado na selecção dos artistas, e todos os anos se quer garantir que a oferta e o cartaz integrado correspondem às expectativa e aos anseios dos espectadores. “A cada edição, realizamos sempre um inquérito de satisfação e ouvimos os espectadores, e os resultados são sempre positivos”, realçou.

O Centro de Conferências de Belas, garantiu, será sempre uma boa aposta, porque os artistas parabenizam, e ficaram satisfeitos com a alteração, porque inicialmente o Cine Atlântico é que acolhia o festival.

“Aprender com quem entende o estilo é sempre uma mais-valia” A cantora angolana Yola Semedo disse sentir-se honrada por fazer parte do festival pela terceira vez, e como artista realçou que é uma mais-valia para si, porque toda a oportunidade que tem de beber de outras culturas é sempre muito bom.

Todas às vezes, argumentou, que tiver a oportunidade de estar ao lado de quem realmente entende o estilo e poder aprender, é uma mais-valia. A artista admitiu que se sente lisonjeada por poder partilhar o palco com grandes embaixadores da música de Portugal. “A música, a cultura e arte são os verdadeiros embaixadores de um povo”, disse a “show woman”.

O fadista Marcos Rodrigues agradeceu à organização por confiarem sempre no trabalho que faz em prol do festival, e que lhe permitiu a participação em todas as edições do “Caixa Fado”. Com o festival, realçou, criou um sentimento muito especial, e tudo o que aconteceu até hoje foi enriquecimento e crescimento.

Marcos Rodrigues lembrou que em 2015, realizado na Baía de Luanda, o festival ficou marcado na memória das pessoas. A música, enfatizou, é uma linguagem universal, e tem uma especificidade em cada um dos povos.

“A música portuguesa é influenciada pela música africana, e acredito que o fado com os ritmos africanos fica cada vez mais enriquecido. E, a importância que o fado dá à palavra ou texto pode de certa forma enriquecer as melodias africanas”, disse.

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