O julgamento do rapper YNW Melly está próximo de ser concluído e o resultado pode ser apresentado já nos próximos dias. Nesta segunda-feira (17), os promotores encerraram sua participação no caso, terminando de entrevistas suas testemunhas selecionados, concedendo à defesa a oportunidade de apresentar seus próprios depoentes.
O Estado encerrou sua participação após o depoimento do detetive da polícia de Miramar, Mark Moretti, na qual ele apresentou uma suposta confissão que Melly enviando uma mensagem, via Instagram, no dia dos assassinatos. Os advogados de defesa devem começar a convocar suas testemunhas na manhã desta terça-feira (18). O processo pode levar cerca de uma semana, mas os defensores do rapper só convocaram duas pessoas ao tribunal.
Hoje, Mark Moretti, cujo depoimento foi adiado na semana passada depois que um advogado adoeceu, voltou a depor na segunda-feira. Seu foco permaneceu em conectar um telefone a Melly. Durante o julgamento, a defesa argumentou que o telefone não pertencia a Melly, observando que era um telefone comum usado por todos na casa que ele e seus amigos compartilhavam. Entretanto, o número de telefone estava vinculado à conta do Facebook do rapper.
Depois de semanas preparando o terreno para estabelecer o link com o telefone, a promotora Kristine Bradley leu mais trocas no Instagram, nas quais algumas entre Melly e um homem conhecido como Peezy Gambino se destacaram. Em 25 de outubro de 2018, a dupla discutiu produtos e precisava de um iPhone antigo. Mas no dia seguinte, Peezy perguntou se Melly estava bem. “Eu fiz isso”, respondeu Melly na troca de mensagens.
YNW Melly, cujo nome verdadeiro é Jamell Demons, é acusado de atirar em seus amigos de infância Anthony Williams e Christopher Thomas Jr, conhecidos como YNW Sakchaser e YNW Juvy. De acordo com a versão da polícia, o rapper cometeu o crime depois de passar a noite de 26 de outubro de 2018 em um estúdio de gravação em Fort Lauderdale, com os dois amigos.
A polícia prendeu Melly por duas acusações de assassinato em primeiro grau em fevereiro de 2019. Se for condenado, Melly pode ser condenado à pena de morte ou enfrentar prisão perpétua.