A psicóloga e consultora angolana Kanguimbu Ananaz mostrou-se entristecida ao falar, sobre o posicionamento de algumas mulheres angolanas que não têm preservado os seus corpos.
A escritora entende que a mulher tem se desvalorizado diariamente, pela forma como se apresenta na sociedade, tendo sublinhado que é importante lutar pelo resgate de princípios que dignifiquem o género.
“É verdade que todos os dias nós precisamos do nosso pão de cada dia, mas esse mundo global é um mundo muito agressivo, o corpo da mulher está despudorado porque é a própria mulher que está a despudorar o seu corpo, é a própria mulher que não respeita o seu corpo”, salientou.
A psicóloga relembrou ainda sobre a educação que recebeu ao longo do seu crescimento, ressaltando que os homens gostam de mulheres que têm o corpo forrado.
“Porque eu aprendi enquanto menina com as madres, que nós não precisamos andar com o corpo despudorado, mostrar a zona púbis, mostrar as partes dos seios… não precisamos disso, que os homens gostam de mulheres que têm o corpo forrado para eles fazerem a descoberta”, argumentou.
Ao terminar a sua abordagem, Kanguimbu Ananaz afirmou que é importante acompanhar a velocidade do tempo, porém, mostrou-se grata pelo tempo da sua juventude, porque, segundo a mesma, se tivesse nascido nos dias que ocorrem não sabe o que seria dela.
“Eu agradeço muito o meu tempo senão não sei o que seria de mim. Vamos analisar, que juventude é que nós teremos amanhã, há meninas muito libertinas, há jovens muito libertinos”, terminou.