A historiadora Rosa Cruz e Silva afirmou, quarta-feira, em Luanda, que a cultura continua a ser parte fundamental da identidade de um povo, que tem uma enorme importância social e económica para as nações.
No segundo e último dia da conferência sobre os “50 anos de Cultura Nacional: Presente e Futuro”, realizada na Academia BAI, Rosa Cruz e Silva assegurou que a cultura reforça a capacidade e a diversidade, exprimida a cada contexto sociocultural do país.
A cultura, disse, enquanto conjunto de práticas, crenças e comportamentos compartilhados por um grupo, , pode, igualmente, ser geradora de riqueza.
A também coordenadora da conferência referiu que as dinâmicas sociais no país, reportam, necessariamente a actividade cultural. Porém, lembrou, essas dinâmicas sociais não são apenas nos espaços em que se privilegia o entretenimento, lazer, mas, sobretudo, na importância de afirmação dos valores simbólicos emanados das expressões culturais que definem a identidade da nação angolana em construção.
Por isso, referiu, a Fundação BAI pretende com a actividade, contribuir para o eixo cultural, valorização das expressões culturais, realizando debate em torno de questões -chave, cujas problemáticas nos convocam recorrentemente à reflexão e tomada de resoluções práticas.
“Essa actividade visa salvaguardar o vasto legado cultural que herdamos dos nossos ancestrais na perspectiva da actualização e adaptação aos tempos modernos e, sobretudo, na fuga permanente da voraz tendência globalizadora que nos afectam”.
Rosa Cruz e Silva explicou que se deve continuar a contribuir para a valorização da cultura no país, tendo sempre em linha de conta os vários desafios colocados aos principais agentes culturais.
A Conferência “50 anos de Cultura Nacional: Presente e Futuro”, disse, justifica-se pela necessidade urgente de reflectir sobre o estado actual da Cultura Nacional e as suas perspectivas futuras num contexto de globalização e modernização acelerada.
“A cultura, apontam autores como Eduardo Salles, não é apenas uma expressão artística, mas também uma força poderosa para a formação da identidade colectiva e construção de uma nação”.
Em Angola, enfatizou, a cultura desempenha um papel central na formação da identidade nacional, coesão social e no desenvolvimento económico. Nos últimos 50 anos, acrescentou que o país testemunhou uma evolução significativa nas várias disciplinas artísticas, nomeadamente as artes plásticas, música, dança, cinema e literatura.