Huíla é o primeiro destino de Paulo Flores do projecto “Angola que Canta”

O músico e compositor angolano Paulo Flores realiza, no sábado, no Estádio de Nossa Senhora do Monte, no Lubango, capital da província da Huíla, o primeiro concerto da sua grande digressão nacional, feito até agora inédito em 36 anos de carreira.

Denominada “Angola que Canta”, a agenda inclui as cidades do Namibe, no dia 7 de Setembro, no Parque do Pavilhão Welwitshia Mirabilis, seguindo depois para o Huambo, no dia 14 de Setembro, no Parque do Xyami. O artista cantará ainda na cidade do Bié, no dia 21 de Setembro, no Pavilhão do Sporting.

Benguela recebe Paulo Flores no dia 28 de Setembro, no Estádio Nacional de Ombaka. A grande tournée culminará em Luanda, onde Paulo Flores pretende realizar dois eventos, designadamente um concerto no dia 5 de Outubro, na Marginal de Luanda, e uma gala, agendada para o dia 12 de Outubro, cujo local e os detalhes ainda não foram revelados pela realização, a cargo da produtora Ruben Produções.

“Em 36 anos de carreira, já fui a muitas províncias e também já fiz algumas pequenas tournées, mas nunca com a dimensão que pretendemos fazer agora. Porque nos últimos anos uma das reclamações que mais oiço dos meus fãs é de não terem condições de ir ver os shows onde normalmente os faço, porque as produções são caras e os bilhetes ainda mais caros”, justificou o artista.

Com o objectivo de atingir todos os públicos, os bilhetes para os shows custarão entre 2000 e 20.000 kwanzas, incluindo pacotes para estudantes e famílias. O autor de “Cherry” e outros grandes sucessos da música angolana terá como convidados Yuri da Cunha e Prodígio. A banda para os seis espectáculos é composta por Manecas Costa (guitarra), Kiari Flores (guitarra), Gobliss (teclado), Diago Guanabara (guitarra), Pirica Duia (guitarra), Marito Furtado (bateria), Chico Santos e Dalú Roger (percussão), Mias Galheta (baixo), Rigoberto (saxofone), Txinguma (trompete), Efraín (trombone), e nos coros Carla Moreno e Aninhas.

“São músicos que tocam comigo e sabem o meu sentir. Essencialmente, vai ser uma partilha de sentimentos e das razões que me fizeram fazer canções nestes 36 anos de carreira. Querermos levar um show com uma produção grande, com cenário e cuidado em todos os pormenores”, sublinhou.

Questionado sobre o critério na selecção das províncias, Paulo Flores garantiu que a intenção é rodar o país inteiro, mas por agora fará apenas naquelas cidades cujas condições se mostraram favoráveis. O artista argumentou que inicialmente foram feitas solicitações a mais províncias, ficando ainda por aquelas que responderam de imediato.

“Vamos ver se conseguimos ir a mais sítios, porque tem apenas a ver com condições de cada localidade. Espero no próximo ano ir a mais 6 ou 8 províncias. Este é um projecto que seguirá. Sempre pensei nisso quando completasse 40 anos de carreira, em 2028”, acautelou.

Quanto ao alinhamento, Paulo Flores disse ser complicado escolher, visto que mesmo quando se fecha um show de 30 temas, ainda sobram músicas oportunas para cada público. Apesar de reconhecer ser um repertório de gestão difícil, Paulo Flores prometeu que vai tentar cantar as histórias que as pessoas gostam de ouvir.

 

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