Yannick Afroman e Otawaza aninam as festividades da cidade do Uíge

Os músicos Yannick Afroman e Otawaza levantaram “nuvens de poeira” durante as actuações no mega espectáculo músico-cultural realizado, no domingo, na Praça da Independência, no Uíge, em alusão às festividades dos 107 anos da elevação da vila à categoria da cidade, a 1 de Julho de 1917.

Mais de 10 mil pessoas lotaram o local, num espectáculo que marcou o encerramento oficial das festas da cidade do Uíge. Os artistas, ao interpretarem músicas do seu vasto repertório, sucessos conhecidos pelos fãs, proporcionaram momentos de muita alegria.

A Praça da Independência foi um dos maiores pontos de concentração do público e feirantes nas festas da cidade, em que ninguém ficou indiferente ao conjunto de condições criadas, desde a iluminação à segurança, para que durante o espectáculo a população desfrutasse de um ambiente festivo e sem sobressaltos.

Depois dos músicos locais terem feito a abertura da noite, num ambiente de muita exaltação, Yannick Afroman subiu ao palco e animou os milhares de fãs, com as músicas “1,2,3”, “Pim Pam Pum”, “Até Lá”, “Aqui ninguém tem juízo”, “Eu gosto dessa vida”, “Coisa Mínima”, “Não é só no bairro” e “Minha Luz”.

Algumas vezes, os Afroman foram interrompidos pelos fãs, que subiam ao palco para juntos cantarem e fazerem retratos fotográficos.

Yannick manifestou-se satisfeito pela forma como o público do Uíge, por sinal sua terra natal, o recebeu, e para agradecer o gesto interpretou as músicas que mais sucesso fizeram ao longo da carreira, prometendo regressar para outros espectáculos. “Em breve farei surpresa aos meus fãs aqui, tenho a mão cheia de novidades e coisas boas”, prometeu.

Já o kudurista Otawaza, ao interpretar os mais recentes sucessos musicais, como “Estou ir embora”, “Prazer da lei” e o “Choro dos kuduristas”, fez, igualmente, vibrar o público, que tentava, frequentemente, “invadir’” o palco para abraçar e dançar com o cantor, muitas vezes impedido pelo cordão de segurança montado pelos efectivos da Polícia Nacional.

Após o espectáculo, Otawaza disse ter ficado sem palavras para descrever o momento vivido nas “terras do bago vermelho”, onde os admiradores o surpreenderam ao interpretarem as suas músicas do princípio ao fim.

“Agradeço de coração e prometo fazer o melhor para continuar a alegrar o público. Nas minhas músicas, transmito mensagens de encorajamento e alerta para a juventude, de modo que percebam que o sucesso, em todos os domínios da vida, se conquista com suor, determinação e muita disciplina”, detalhou.

Os músicos gospel Bambila, Silvania Bumba e Dala da Silva, convidados, não deixaram os seus créditos em mãos alheias. Cantaram e encantaram os corações dos amantes da música sacra.

De modo particular, Bambila fez dançar a plateia, quando interpretou um dos seus maiores sucessos, “Naquele dia”. O espectáculo juntou, na Praça da Independência, mais de 30 artistas de vários estilos musicais, desde gospel, kuduro, rap, house, kizomba e tradicional.

Entre os artistas, fizeram parte do guião Aliciny Ginga, Embarra 41, Pedro Cabenda, Teo Wonder, Zona Trop, Dotor B, Barda Pura, M Salah, Super Star, King Saizy, Man Nelas, Alemão de Fogo, AG Keizy, Banda Nzo Kimueno, Camponês do Kuduro, Poeira, Manuel Wazengana, Samara Panamera, Dj Filas e Pitty Kelson.

Em declarações ao Jornal de Angola, no fim do espectáculo, o director do gabinete provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos do Uíge, Gomes Lino Costa, enalteceu a organização do evento e referiu que a música angolana está a crescer. “Diariamente surgem novos talentos no mercado. Estes talentos cantam e encantam com várias abordagens sociais e estilos musicais que têm estado a fazer muito sucesso”, elogiou.

Fotografia por: Valter Gomes | EDIÇÕES NOVEMBRO

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