O músico e compositor Maya Cool anunciou a preparação de uma série de concertos no estrangeiro, em comemoração aos seus 38 anos de carreira. Estas declarações foram avançadas pelo músico, no sábado, durante o espectáculo no espaço Junkembo, em Luanda.
“Em Agosto, está agendado a tournée para os Estados Unidos da América e agora estou a caminho de Lisboa para agendar e tratar das coisas para o concerto dos 38 anos de carreira no Capitólio”, revelou o artista.
Maya Cool falou do disco ” Histórias”, lançado a 11 de Novembro de 2023, que segundo o cantor está a ser bem recebido.
“Ainda não parei, estive em Moçambique desde Novembro, estou sempre a andar e a promover, a fazer o pessoal conhecer as músicas deste álbum”, rematou. Porém, o artista reconhece que a promoção do seu novo álbum poderia ser melhor.
Em mais de duas horas de espectáculo o músico abriu com o grupo Semba Muxima a trazer a batida tradicional do semba ao interpretar a música ” Nguitabule”, do mestre Kituxi. Foi o mesmo grupo que acompanhou o artista no desfecho do espectáculo.
Maya Cool provou ser um grande artista da música angolana levando o público ao delírio com repertório que fez viajar ao passado com temas como “Maka Grande”, “Lágrimas “,” Junta ma Nós”, “Dia D” e outros sucessos que deixaram os presentes eufóricos. O suporte musical foi da Banda Prontidão, que teve como corista Alexandra Bento.
Na segunda parte do espectáculo, o antigo cantor piô, abriu o concerto ao som da música “Chocotona da Noite”, música do álbum “Histórias”. De seguida o músico cantou o sucesso “Boca Azul” e interpretou “Bia”, do cabo-verdiano Grace Évora.
Na última parte do concerto, o músico e os fãs fizeram um desfile durante actuações dos temas “Moringa” e “Não brinca com fogo”, para recordar a infância.
O músico afirmou que o show superou as expectativas e que foi um momento único e marcante.
“Mesmo não conhecendo a casa, consegui agradar os fãs. O concerto estava tão bom que fiz mais de uma hora em palco, tanto que tive de improvisar o repertório e aumentar músicas que não estavam no alinhamento”, partilhou.
Pedro Chissay, responsável pelo espaço, disse que a escolha recaiu a Maya Cool por ser um músico que marcou gerações dos anos 80 e 90.