O conceituado músico, Filipe Mukenga anunciou hoje, quinta-feira, 23, nas suas redes sociais, a pretensão de deixar de cantar.
Numa nota, Filipe Mukenga fala resumidamente do seu trajecto musical e adianta que pretende encerrar a sua história profissional com o álbum intitulado “Meu Último Disco”, que inicialmente se chamou “Tritonalidades”.
“As composições, comigo, elas surgem numa torrente difícil de travar senão apenas, me divorciando, de tempos a tempos do violão. É a solução que encontrei para bloquear a minha torrente criativa”, escreveu o autor de “Ndilokewa”.
“Agora e como vocês sabem, eu tenho, faz tempo, um projecto discográfico que, inicialmente, decidi chamar “Tritonalidades”, três discos reunidos num só projecto e englobando 36 canções a serem trabalhadas por três arranjadores ou produtores. Está difícil encontrar mecenas que se disponham a financiá-lo”, continuou.
“Espero que com a revisão da antiga Lei do mecenato, mais atractiva, em termos de benefícios fiscais mais interessantes, eu possa ver, finalmente, concretizado, o “Tritonalidades”, agora intitulado “Meu último Disco” com o qual e presentemente, venho pensando, seriamente, em dizer Adeus à música, deixando no baú, milhares de outras canções por gravar”, concluiu Filipe Mukenga.
De lembrar que, Filipe Mukenga começou a tocar em 1964 por influência dos Beatles. Colaborou com grupos como: Os Brucutus, os Indómitos, The Five Kings, The Black Stars, Os Rocks, os Electrónicos, os Jovens e Apollo XI.
Gravou o seu primeiro álbum, “Novo Som”, em 1990 para a editora EMI-Valentim de Carvalho. Colabora ainda num dos temas do disco “Mingos & Os Samurais” de Rui Veloso. Em 31 de Maio de 1991 actua, conjuntamente com Os Tubarões, no Coliseu dos Recreios.